segunda-feira, 9 de abril de 2012

Mania de "tudo certinho"?!



O que me fez escrever hoje foi justamente para desabafar sobre as conseqüências das "pequenas mudanças" que tive que fazer em minha vida e o que as pessoas mais próximas acham de mim a partir disso, CHATA?!

Bom, o porquê das mudanças:

Uma das metas colocadas para nós assim que iniciamos o estudo do COEM foi a transformação moral que deveríamos aplicar em nossas vidas começando por coisas simples como praticar a caridade, ser mais tolerantes, compreensivos e, principalmente, mais fraternais. 

Não pretendia ser radical nas mudanças ao ponto de ser intolerante, até porque estaria em sentido contrário aos meus propósitos, mas às vezes receio parecer "chata" com a mania de "tudo certinho"... 

Passarei alguns exemplos para que possam entender meu dilema:
  • Sempre devolvo o troco que me é dado à mais. Por vezes ouço: "A empresa é rica, não precisa disso!"
  • Tento não julgar as pessoas.
  • Por mais desagradável que seja o acontecimento, é tempo de agradecer, afinal, poderia ser  tão pior que talvez eu não tivesse forças para suportar...
  • Deixo os apressadinhos passarem à frente sem xingá-lo ou desejá-los algo de ruim. Antes eu tentava mostrar o dedo (coisa feia!) mas como nunca mostrava o dedo certo, desejava então que batessem num poste!
  • Prefiro ter só canal aberto a ter um "gato net". Tenho Sky, mas não canso de ouvir coisas como: "Por que pagar se pode ter de graça?"
  • Não gosto do culto que se faz à bebida em excesso (o beber até cair). Nada contra as "pessoas", mas sim ao ato de se embebedarem. Aliás,  não gosto de bebida alcoólica em quantidade nenhuma...
  • Não gosto de piadas racistas, pois acho que são brincadeiras que machucam (somos todos irmãos!)
  • Tenho respeito pelas "Testemunhas de Jeová", que, por mais que nos incomode a sua insistência, eles estão fazendo o que acham certo, neste caso, tentar nos converter. Antes eu os tratava com aspereza, mas agora entendo que dentro de sua religião, isso é muito importante, então devemos respeitá-los, não há necessidade de "bate-boca religioso", isso não nos levaria a nada construtivo.

Se eu for colocar aqui todas as minhas "manias espíritas" como dizem aqui em casa... esse post seria longo...

Sabe, eu me sinto bem em tentar fazer a coisa certa, mas às vezes acho que isso incomoda as pessoas, principalmente quando digo que é errado e eu não gosto. Já ouvi até uma conversinha assim: "Não fala perto dela, pois sabe que não vai concordar!"

Não vou desistir de tentar progredir, e com muita paciência vou envolvendo todos nessa ideia do "tudo certinho". Só peço a Deus que me dê sabedoria para que não os afaste ao invés de envolve-los...

Abaixo, um pouco sobre a Reforma Íntima, que merece um post à parte numa próxima ocasião.

Fiquem com Deus.

Reforma íntima 

Allan Kardec in "O Evangelho Segundo o Espiritismo", capítulo XVII, ítem 4, nos diz: “Reconhece-se o verdadeiro espírita por sua transformação moral e pelos esforços que faz para dominar suas más tendências”.

Também em “Obras Póstumas ” encontramos referência à Reforma Íntima. 

Vejamos: “A questão social não tem, portanto , o seu ponto de partida na forma de tal ou tal instituição; está inteiramente no aperfeiçoamento moral dos indivíduos e das massas. Aí está o princípio, a verdadeira chave da felicidade da Humanidade, porque então os homens não pensarão mais em se prejudicarem uns aos outros. Não basta colocar um verniz sobre a corrupção, é a corrupção que é preciso extinguir.

O princípio do aperfeiçoamento está na natureza das crenças , porque as crenças são o móvel das ações e modificam os sentimentos; está também nas idéias inculcadas desde a infância e identificadas com o Espírito, e nas idéias que o desenvolvimento ulterior da inteligência e da razão podem fortificar, e não destruir. Será pela educação, mais ainda do que pela instrução, que se transformará a Humanidade.

O homem que trabalha seriamente pelo seu próprio aperfeiçoamento assegura a sua felicidade desde esta vida; além da satisfação de sua consciência, isenta-se das misérias, materiais e morais, que são a conseqüência inevitável de suas imperfeições. 

Terá a calma porque as vicissitudes não farão senão de leve roçá-lo; terá a saúde porque não usará o seu corpo para os excessos; será rico, porque se é sempre rico quando se sabe contentar-se com o necessário; terá a paz da alma, porque não terá necessidades fictícias, não será mais atormentado pela sede das honras e do supérfluo, pela febre da ambição, da inveja e do ciúme; indulgente para com as imperfeições de outrem, delas sofrerá menos; excitarão a sua piedade e não a sua cólera; evitando tudo o que pode prejudicar o seu próximo, em palavras e em ações, procurando, ao contrário, tudo o que pode ser útil e agradável aos outros, ninguém sofrerá com o seu contato.

Assegura a sua felicidade na vida futura, porque, quanto mais estiver depurado, mais se elevará na hierarquia dos seres inteligentes, e logo deixará esta Terra de provas por mundos superiores; porque o mal que tiver reparado nesta vida não terá mais que reparar em outras existências; porque, na erraticidade, não encontrará senão seres amigos e simpáticos, e não será atormentado pela visão incessante daqueles que teriam do que se lamentar dele". Allan Kardec in “Obras Póstumas“, Credo Espírita — Preâmbulo (FEB).

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