quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Você se ofende por qualquer coisa?



 Por mais que não tenhamos a intenção, acabamos por magoar pessoas que nos são caras. 


Isso pode nos deixar arrasados... 

Mas o que fazer quando esta pessoa se "magoa por nada"? 

Existem pessoas que se ofendem tão facilmente que fica difícil até manter a amizade, pois qualquer coisa pode "ferir" seus sentimentos. 

Não é fácil manter um relacionamento (de qualquer espécie) com pessoas que têm essa facilidade em "se sentir ofendido", ou melhor, de "se melindrar" com tudo. É o orgulho falando mais alto!



O orgulho vos induz a julgar-vos mais do que sois; a não suportardes uma comparação que vos possa rebaixar; a vos considerardes, ao contrário, tão acima dos vossos irmãos, quer em espírito, quer em posição social, quer mesmo em vantagens pessoais, que o menor paralelo vos irrita e aborrece. (Evangelho Segundo o Espiritismo)


Deixo para vocês os dois textos abaixo que falam um pouco sobre os Melindres. 

O primeiro fala sobre não se "ressentir" por qualquer coisa. 

O segundo já nos orienta a não causar melindres, o que nos traria muito dissabor também.

Afinal, como dizia Chico Xavier: "Fico triste quando alguém me ofende, mas com certeza, eu ficaria mais triste se fosse eu o ofensor."
Ofender ou magoar, certamente nos trazem dissabor.

Deus os abençoe!




MELINDRES


Não permita que susceptibilidades

lhe conturbem o coração.

Dê aos outros a liberdade de pensar,

tanto quanto você é livre para pensar como deseja.

Cada pessoa vê os problemas da vida

em ângulo diferente.

Muitas vezes, uma opinião diversa da sua 

pode ser de grande auxílio em sua experiência

ou negócio, se você se dispuser a estudá-la.

Melindres arrasam

as melhores plantações de amizade.

Quem reclama agrava as dificuldades.

Não cultive ressentimentos.

Melindrar-se é um modo de perder

as melhores situações.

Não se aborreça, coopere.


Quem vive de se ferir

acaba na condição de espinheiro.


Francisco Cândido Xavier.




O SER HUMANO E SEUS MELINDRES
Marcial Salaverry


É muito caprichosa a natureza humana, e sempre será muito difícil poder dizer que conhecemos alguém a fundo. Pode-se dizer que conhecemos determinada pessoa, até onde ela permite que a conheçamos, mas dificilmente alguém abre sua alma a ponto de “mostrar-se” por inteiro, dificultando um perfeito conhecimento de seu interior.

É esse o principal ponto que pode atrapalhar muitos relacionamentos, pois essa “ocultação” do interior, poderá nos levar a melindrar quem estiver conosco.

Ainda que o façamos involuntariamente, sempre ficará alguma mágoa. Que pode provocar uma “bola de neve”, desencadeando certos desentendimentos que poderiam ser evitados, se houvesse um diálogo franco, honesto e esclarecedor, para deixar claro até que ponto se pode chegar sem ferir melindres.

Algumas vezes, por não querermos melindrar a parceria, poderemos magoá-la justamente por esse cuidado, por mais paradoxal que possa parecer tal situação. Tentando ser agradável, magoamos. E agora, fazer o que?

Apenas um conhecimento profundo pode permitir uma parceria feliz. Mas para que tal ocorra, torna-se necessário que haja aquele diálogo de abertura, em que ambos poderão colocar cartas na mesa, deixando claro até que ponto se pode chegar, sem causar melindres, sem provocar ressentimentos.

Por outro lado, também nós jamais nos mostraremos por inteiro à nossa parceria, estando igualmente sujeitos a receber um tratamento nem sempre condizente ao que desejaríamos.
Muitos relacionamentos, pessoais ou comerciais sofrem abalos ou mesmo terminam por causa desse pormenor. Por não haver um bom acerto de contas inicial.

Problemas sempre existirão, mas os efeitos poderão ser minimizados se houver pelo menos compreensão de parte a parte. Temos que entender que é muito difícil encontrar alguém com o mesmo temperamento, que pense igualzinho, que seja nosso clone. Portanto, precisaremos saber aparar arestas, procurando amoldar-nos à personalidade de nossa parceria, aceitando-a, para que sejamos aceitos. É importante frizar que esse entendimento não pode ser unilateral, ou seja, não é lícito esperar que apenas uma parte ceda. Tem que haver reciprocidade na coisa toda. 

Ambos precisam se aceitar. Ambos precisam ceder em alguma coisa, modificando algo em sua personalidade, para que a máquina engrene e rode suavemente. Estando ambos imbuídos desse espírito de solidariedade, será bem mais fácil aparar arestas que surgirem pela vida afora (sempre haverá alguma peninha flutuante...), permitindo assim que o relacionamento seja feliz e duradouro.

Com bom entendimento quaisquer dificuldades poderão ser superadas. Mas se uma das partes insistir em levar tudo a ferro e fogo, querendo sempre fazer prevalecer sua maneira de pensar, fatalmente a coisa não chegará a bom termo. Uma hora a paciência poderá explodir, e será o fim de tudo.

É por fatores assim, que muitas vezes vemos parcerias (profissionais ou amorosas), que poderiam ser muito boas, simplesmente se esboroarem, terminando com algo que parecia promissor.
Sempre provocando aquele comentário: “Que pena... Parecia que se entendiam tão bem...” E o entendimento poderia mesmo ter sido perfeito, mas por incompreensão, o que poderia ser apenas uma pequena rusga, vira um cavalo de batalha. Pode-se dizer coisas irremediáveis no calor de uma discussão, e como resultado fim de tudo.

E teria sido tão fácil evitar. Bastaria uma pouco de mais de compreensão, pensar antes de se dizer algo definitivo, e um fim de relacionamento teria sido evitado. Pensar antes de falar. Procurar saber até onde se pode chegar naquilo que se fala. Evitar ferir melindres, levando a situações que magoem.

É isso aí. Dialogar antes de discutir. Pensar antes de falar. Saber explicar. E principalmente, não magoar. Nada ganhamos ferindo melindres. Saber ouvir as explicações, mesmo que não as queiramos aceitar. Todo fato tem duas versões, e nem sempre a nossa é a exata. Vamos aprender a ouvir o outro lado. Erraremos menos agindo assim, estejam certos...
E sempre será mais fácil ter-se UM LINDO DIA.

Fonte: www.prosaepoesia.com.br


4 comentários:

  1. Toda a minha família é assim: ofende-se facilmente. Essa característica de personalidade deve ser herdada geneticamente. Quando falo com meus parentes tenho que pensar duas vezes para não dizer algo que possa ofendê-los. Infelizmente eu também sou assim.

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  2. Nossa tolerância é testada todos os dias. O importante é tentarmos melhorar sempre!

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  3. Eu me ofendo quando minha mulher fica ofendida sem motivo. Isso é o inferno na nossa cabeça.

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  4. meu namorado é assim, não gosta que aponte os erros dele, acha que estou contra ele quando falo, mas eu penso que se eu gosto dele verdadeiramente eu preciso falar sempre a verdade, mas muitas vezes ele não entende, prefere ouvir inverdades que agucem o ego dele por parte dos subordinados dele.

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